Grande Sanco:
Que honra ser citado mais uma vez no teu glorioso blog. Vou postar o comentário com o maior prazer e quero ilustrá-lo com as imagens da batida que envio em anexo. Se quiser postar fica à vontade.
Note que nas primeiras fotos ainda é possível ver o Fiat do César Gautério que disputava a liderança da prova palmo a palmo comigo. Logo depois é possível me ver em cima dos pneus fazendo sinal de positivo para o próprio Gautério que, assustado por ter assistido a batida pelo retrovisor, passou devagar na volta seguinte para certificar-se de que estava tudo bem comigo.
Para quem não sabe, eu e o Gautério somos grandes amigos desde os tempos que corremos de Fiat (ano 2000 e 2001). É um verdadeiro irmão e um grande piloto. Eis o comentário que postei:
"Prezado Borgmann: obrigado pela lembrança (ou seria melhor não lembrar ???? heheheheh). Não lembro se nos conhecemos pessoalmente. Caso negativo, temos que marcar em breve um encontro. Fico impressionado com o conhecimento que tens do nosso automobilismo. Bom vamos ao relato sobre o que aconteceu. Foi em 2004, campeonato da Turismo Divisão 3. Se não me engano o acidente foi em torno da 6ª ou 7ª volta da prova. Larguei em segundo e ultrapassei o Gautério na largada e vínhamos brigando muito pela ponta. Virávamos muito rápido naquele momento, em torno de 1.14" (motor 1.6, carburação Solex). O carro dele estava muito melhor acertado, principalmente nas curvas de alta velocidade, tanto que foi na curva 1, uma volta antes, que fui ultrapassado por ele. O acidente foi ocasionado pela quebra da ponta de eixo dianteira direita, bem no momento em que acionei o pedal do freio para iniciar a tomada da curva 1. O pedal do freio foi no assoalho. A roda se desprendeu, ficando sem freios e sem direção. Coisa de arrepiar ! Nem preciso dizer que a 200km/h, sem roda dianteria direita, virei passageiro, sem nada poder fazer. Lembro de ter reduzido de 5ª para 4ª marcha, mas o carro engoliu muito rápido a distância até a área de escape. Vi tudo, pois não deu nem tempo de fechar os olhos. A batida foi realmente muito forte mas, por sorte, eu e o carro suportamos bem. Restaram algumas dores no pescoço, no pulso e uma dor de cabeça que deve ter durado uns 4 dias, por força da abrupta desaceleração.
Enviei a sequência de fotos do acidente ao Sanco para, se quiser, postar no blog.
Nessa época a área de escape já havia sido aumentada para o tamanho que é hoje. Acho que se fosse em outros tempos (vide as diversas fotos antigas que temos no blog) a batida teria consequências mais graves. Mas, fazer o que ? É o risco inerente ao automobilismo e a um circuito tão veloz como o de Tarumã. Em outros autódromos não existem curvas como a 1, 2, 3, Tala, 8 e 9 e o risco é potencialmente menor. Mas emoção e o prazer do piloto também não se comparam. Por que vocês acham que o pessoal de fora não gosta de correr em Tarumã ?
Grande abraço a todos, especialmente ao Borgmann e ao Sanco,
Rodrigo Ribas
Caramba...
Valeu, Rodrigo!
Um comentário:
-Talento pra categorias maiores!!!!
E ai vai te mexer o Rodrigo?!??!
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